O LADO
INDOMÁVEL DA GRAÇA DE DEUS
Pelo Rev. Paulo Cesar Lima
“E Deus disse: Põe-lhe o nome de Lo-Ami; porque vós não
sois meu povo, nem eu serei vosso Deus” (Oséias 1.9).
Os
formatos com os quais estamos representando a Graça de Deus na cultura evangélica
ficam muito aquém do seu sentido e propósito reais. A começar pela sua
definição “favor imerecido”, a Graça de Deus vem sendo entendida da maneira
mais mesquinha e reducionista possível. Digo isto por alguns motivos, que passo
a elencar:
1. Primeiro,
porque a Graça de Deus é, por definição, algo
indefinido. E é esta indefinibilidade da Graça que a mantém inalcançável e
não manipulável.
2. Segundo,
porque quando se fala da Graça de Deus estamos entrando em terreno
desconhecido. Desconhecido em razão do fato de a Graça se tratar de uma
instância divina que decide ajudar vítimas irreconciliáveis.
3. Terceiro,
porque esta instância divina indomável com relação às
estruturas de poder eu a chamo de “subjetividade de Deus”, pois se trata de
decisões divinas que quase sempre colocam em xeque a justiça própria dos homens
e seus ajuizamentos.
4.
Quarto, porque reduzimos a Graça de
Deus a uma ajuda imerecida, que, na verdade, não achamos tão imerecida assim.
5.
Quinto, porque quando falamos da
Graça de Deus não sabemos que estamos lidando com algo avassaladoramente
incontrolável. Graça é alguma coisa que escolhe quase sempre o que não é
escolhido pelos homens.
6.
Sexto, porque a cristandade vive
hoje um legalismo branco com aparência de Graça. Mas não é Graça.
7.
O Sétimo e último motivo é que viver
a Graça de Deus é saber ser livre. Digo saber ser livre, porque não é apenas
ser livre, mas saber o que fazer com a liberdade que a Graça nos faculta.
A GRAÇA DE DEUS TROUXE REAL COMPREENSÃO DA CRUZ DE CRISTO.
Sem a Graça de Deus a mensagem da cruz tornar-se-ia um emblema para apenas nos
fazer lembrar a morte do Filho de Deus. Mas a cruz é muito mais que isso. A
Cruz de Cristo é um grito permanente de liberdade contra
a. Todo sistema
sacrificalista que ouse aprisionar homens e mulheres a uma estrutura de
dependência. João Batista viu o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo.
b. Toda prática cristã
meritória.
c. A prática do
reconhecimento.
RPC.
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